top of page

Sobre a Fibromialgia

  • Foto do escritor: redepsicoterapias
    redepsicoterapias
  • 21 de abr. de 2013
  • 3 min de leitura

Doença mais frequente do que se possa imaginar, a fibromialgia tem sido a vilã na história de grande percentual de mulheres na nossa sociedade. O mais triste dessa doença é que ela é invisível e acomete principalmente mulheres na faixa dos 30 anos aos 50 anos de idade.

Geralmente os familiares de uma fibromiálgica tendem a não se importar com as suas queixas, de tão frequentes que elas se tornam. Chegam a causar irritação, ao ponto de filhos, filhas, esposos afirmarem que a pessoa “reclama o tempo todo”. Assim, as dores musculares, principalmente dos membros inferiores e/ou superiores incluindo nuca e parte da coluna, tendem a aumentar. Essas dores, no princípio, tem como suspeitas causas orgânicas, mas acaba por adquirir outras dimensões, passando a ser diagnosticada como uma doença psicossomática.

As pacientes reclamam que o que mais lhes dói é a indiferença dos familiares. Eles geralmente tacham de irresponsável, preguiçosa ou descompromissada uma mulher que não consegue dar conta de suas obrigações profissionais ou domésticas, mas na verdade o que ela sente não é preguiça, é dor.

“...A dor é tão forte que chega a me incapacitar para as tarefas mais simples do dia-a-dia. Deprime, gera choro, raiva e um cansaço crônico. É! Estou sempre cansada. (...) Já não arrumo uma casa como antes, não participo das atividades da minha militância feminista, falto a certos compromissos, não consigo trabalhar como antes, não me divirto como antes...”.

Pacientes fibromiálgicas vão aos médicos, fazem todos os tipos de exames e não é detectada nenhuma organicidade. Há médicos que chegam a não acreditar na existência dessa doença, porque dor é um fenômeno subjetivo e não observável, logo, não mensurável. Como terapêutica auxiliar eles receitam antidepressivos e encaminham ao psicólogo, e é aqui que a porca torce o rabo, ou as pacientes torcem o nariz: “psicólogo? mas eu não sou louca!”

Geralmente menosprezam a importância do processo terapêutico e se limitam a tomar os medicamentos antidepressivos, daí a persistência da dor. Demoram a compreender que, se a base da sua doença não é orgânica, os remédios pouco ajudam se não houver terapia associada.

A fibromialgia é uma doença psicossomática, resultado da carga excessiva que a mulher, principalmente a dona-de-casa, assume deliberadamente para si, esquecendo-se do próprio corpo, e de que ele tem limites. Quando a carga se acumula durante décadas, não há outra saída senão as dores assinalarem que já está na hora de parar. Só que a mulher não percebe a mensagem, e seu altruísmo em prol da família (marido, filhos, e etc) fá-la continuar dedicando toda sua vida e energia à casa e aos seus, esquecendo-se de si mesma.

Mas a fibromialgia já está instalada. Então, ela sente as dores terríveis, lancinantes e implacáveis. A dificuldade então se estabelece no sentido de a família, que já se acostumou ao ritmo que a mulher empregava à rotina diária, não compreender porque de repente ela não se dedica mais como antes.

Ocorre, porém, algo mais deprimente ainda: a fibromialgia não é considerada um transtorno mental grave, logo, os pacientes do SUS não têm direito ao tratamento psicológico nas unidades básicas, já que a orientação é para o psicólogo não atender. Geralmente o que se faz é encaminhá-los aos serviços de atendimento psicológico das faculdades, recurso muito bom, mas que não consegue dar conta de toda a demanda.

A especialidade que está atualmente cuidando dos fibromiálgicos é o reumatologista, no lugar do psiquiatra, para onde eram encaminhados os pacientes diagnosticados.

Maria do Carmo Soares

Psicóloga


 
 
 

Comments


Siga-nos
  • Facebook Classic
  • Twitter Classic
  • Google Classic

Vamos continuar este contato? Assine a nossa newsletter!

Agora você faz parte da nossa Rede!

Consultório sede:

Rua Joviano Naves, 15 - sala 04. | Belo Horizonte /MG

 

Nossos contatos:

(031) 4141-6838

(031) 4141-6839

redepsicoterapias@gmail.com

Nos acompanhe:

  • Wix Facebook page
  • Instagram Social Icon
  • Wix Twitter page
  • Wix Google+ page
  • LinkedIn Social Icon

©Copyright 2011 Rede Psicoterapias. Todos os direitos reservados.

bottom of page