A Importância dos Sonhos

Desde a antiguidade os sonhos carregam certa magia e sempre foi considerado uma forma de contato com o divino e com o espiritual. O famoso sonho do faraó do Egito interpretado por José contado no Gênesis é um dos primeiros relatos que se tem história, não só da importância dos sonhos, mas do valor atribuído às interpretações dos mesmos.

Ainda na bíblia, vemos que os sonhos são a forma mais comum da comunicação com os anjos: Maria descobre sua gravidez através do encontro com o anjo Gabriel em um sonho. Um anjo também explica a José sua missão como o pai terreno do Cristo.

É em 1900 que os sonhos adquirem um novo significado e captam o interesse da ciência, com a publicação do livro “A Interpretação dos Sonhos” de Sigmund Freud. A partir de seus estudos sobre hipnose e histeria, o pai da psicanálise formulou a existência do inconsciente, demonstrando que, infelizmente, o ser humano tem menos controle sobre si do que gostaria.

Em outras palavras, as ações e comportamentos não são dirigidos apenas pela consciência, sofrem influencia também do inconsciente que é munido de artimanhas para se expressar. Seja através de esquecimentos, troca de palavras num discurso, e evidentemente através dos sonhos, essas expressões podem ser muito benéficas para o indivíduo que lhes dá a devida atenção. No entanto, ignorar os anseios do inconsciente pode ser deveras prejudicial, causando não só alienação do indivíduo para consigo mesmo, como proporcionando uma série de somatizações como ansiedade, depressão, síndrome do pânico entre outras.

Esta é uma das principais funções de um psicólogo – um profissional preparado para “ouvir” além das palavras e dar voz a esse outro “eu”, que também tem necessidades e vontades.

#ricardoassarice