Psicoterapia: uma abordagem existencial

redepsicoterapias
25 de mai. de 2013
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A psicologia é dividida em diferentes olhares, que são modos de compreender as questões humanas (as chamadas abordagens psicológicas). Todas elas atendem de igual modo às demandas clínicas, porém, cada psicólogo e cada cliente irá se identificar com a abordagem que mais “combine” com seu jeito de ser. Minha atuação como psicóloga é direcionada pela psicologia Existencial Fenomenológica, que tem base filosófica e compreende o homem como um ser livre, capaz de fazer suas escolhas e construir sua história com autonomia. Assim, todo indivíduo tem a liberdade para escolher e responsável pelas consequências que tais escolhas produzem. Contudo, dizer que o homem é livre não é o mesmo que dizer que suas possibilidades de escolhas não tem limites. O campo existencial do indivíduo tem certas limitações: a cultura em que vive, suas condições biopsicossociais, história familiar, sua responsabilidade, respeito ao outro e ao seu ambiente. Estas limitações definem as possibilidades de escolhas de cada um. E vale dizer, todo modo de ser é único e especial, por isso, não cabe ao psicoterapeuta existencial moldar o comportamento de seu cliente. Pelo contrário, o objetivo da psicoterapia é compreender o significado de cada escolha feita e ser um auxilio na busca por novos significados, para as escolhas causadoras de sofrimento. O psicoterapeuta existencial: O psicoterapeuta existencial, para se identificar com a dinâmica da abordagem, precisa ter algumas posturas: • Disponibilidade para o outro; • Flexibilidade; • Criatividade; • Postura interativa, reflexiva e questionativa; • Não deve se apegar a interpretações; • Formação geral e especializada. Ele deve olhar para o ser humano como um ser capaz de se construir a cada dia. Deve acreditar que a mudança é possível, sem se apegar à diagnósticos. Nunca é tarde para se refazer uma história, dentro da realidade de cada um. O cliente: É importante, em qualquer abordagem, que o cliente sinta confiança e empatia por seu psicólogo. Esta confiança é sentida nos primeiros contatos. Este é um ponto crucial, pois a psicoterapia é um espaço íntimo, no qual o cliente irá expor sua história e seus traumas mais profundos Mas não é simples para todo mundo. Falar de si pode ser mais difícil do que se imagina. Por isso, o psicólogo deve respeitar o tempo do cliente e seu modo de se comunicar. A aceitação é o primeiro passo para a mudança. Através da palavra, do corpo e das emoções, a psicoterapia torna possível a transcedência, ou seja, a transformação e o crescimento.