top of page

Como esquecer um amor?

  • Foto do escritor: redepsicoterapias
    redepsicoterapias
  • 11 de jan. de 2014
  • 2 min de leitura

Fui procurar algo no Google e digitei apenas “psicólogo como”. A primeira sugestão de preenchimento automático foi “psicólogo como esquecer um amor”. Achei curioso, cliquei e li algumas matérias que pretendiam responder à pergunta. Umas davam os passos fundamentais para esquecer um amor, outras, sugestões, entrevistas e até menções a pesquisas de universidades.


Fiquei curiosa com tamanha procura e com a necessidade de haver algo concreto para nos guiarmos diante do vazio do amor partido. Claro, essa demanda toda existe, porque os amores quase nunca têm final feliz e porque viver tal ruptura dói. Muito. Muito. Muito.


Agora, sinceramente, se alguém está ainda rasgado por ter sido abandonado ou por ter abandonado, não terão regras que o façam agir de maneira diferente, perdão pelo clichê, daquela que o coração manda.


Faz sentido a dica clássica de se afastar da pessoa. Porém, quando parece não haver nada dentro de si além de dor e solidão e a pessoa da qual nos separamos liga, aquilo vai provocar um preenchimento. Talvez aumente a saudade, mas pode amenizar esse oco interno, nem que seja – e provavelmente será – pelo tempo do telefonema.


Também é absolutamente valiosa a máxima de aprender a não depender de ninguém para ser feliz. Mas, como já diria Tom Jobim “vou te contar/ os olhos já não podem ver/ coisas que só o coração pode entender/ fundamental é mesmo o amor/ é impossível ser feliz sozinho”. Claro que é importante aprender - musicando mais um pouco, agora com Gilberto Gil – “a ser só”, “aprender a só ser”, mas com o sentimento de que toda dor do mundo está dentro de você, revolvendo seu estômago, voltam as lembranças da vida feliz que você teve com alguém, quando seu estômago se manifestava, no máximo, assoprando um friozinho na barriga durante uma carícia ali ou aqui.


Acredito que uma dica ou outra possa ajudar, mas quando tudo é dor e a palavra falta se eleva exageradamente à máxima potência, não tem como disciplinar a vida. O vazio, afinal, não é o nada absoluto, é algo que se faz bastante presente. E, talvez, a coisa mais possível de ser feita nesses momentos de desorientação absoluta seja ir aprendendo a conversar com esse vazio, que, muito provavelmente, não falará outra língua que a das lágrimas.


Continuando com um pouco de música e de lágrimas, uma dica - afinal, vai que ajuda – de Cartola: “chora, disfarça e chora/ aproveita a voz do lamento/ que já vem aurora (...)/ disfarça e chora/ todo pranto tem hora/ e eu vejo seu pranto cair/ no momento mais certo (...)/ e seu pranto oh! Triste senhora/ vai molhar o deserto”.



*Luisa Rosenberg é psicóloga clínica junguiana, graduada em 2011 pela PUC-SP. Aos sábados,escreve sobre as coisas do cotidiano; “crônicas psicológicas” falando, muitas vezes, sobre as artes para tentar falar da vida.

 
 
 

Commentaires


Siga-nos
  • Facebook Classic
  • Twitter Classic
  • Google Classic

Vamos continuar este contato? Assine a nossa newsletter!

Agora você faz parte da nossa Rede!

Consultório sede:

Rua Joviano Naves, 15 - sala 04. | Belo Horizonte /MG

 

Nossos contatos:

(031) 4141-6838

(031) 4141-6839

redepsicoterapias@gmail.com

Nos acompanhe:

  • Wix Facebook page
  • Instagram Social Icon
  • Wix Twitter page
  • Wix Google+ page
  • LinkedIn Social Icon

©Copyright 2011 Rede Psicoterapias. Todos os direitos reservados.

bottom of page