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União

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    redepsicoterapias
  • 20 de fev. de 2014
  • 4 min de leitura

A estrutura mítica é complexa para a compreensão direta. O mito permite que enxerguemos além. Hoje ousarei falar de uma história da humanidade, para mim, é a que melhor representa o simbolismo da transmissão deste tópico: União.


Ao se tratar da união, pensa-se em humanidade. E na história da humanidade o que mais me marca é a história de Jesus, afamado por muitos como o filho de Deus. O divino refere-se ao uno e está em todas as coisas. E há ausência de tempo cronológico pra que apreenda-se esta concepção. Justamente por se tratar de algo intangível, imensurável e, na maioria das vezes, abstrato para a comprovação científica.


A natureza mostra-nos em suas leis essa união presente. É uma questão recorrente. Há vários exemplos de história contadas pela humanidade sobre a busca da união de Seres Humanos, como: Jesus, Sidartha, Maomé... Ciclos de avatares que mostraram-se através dos tempos, de forma recorrente. Expuseram suas virtudes, com o desenvolvimento de poderes latentes, de forma altruísta, marcando a história da humanidade.


Assim como na mitologia existem várias versões de sua narrativa. A história de Jesus difere-se no transladar das religiões, como nas igrejas presbiterianas, na doutrina espírita, no cristianismo, no islamismo, no judaísmo, entre outras.


Devo ressaltar a vocês leitores que falo-lhes de um lugar ignorante. Embora viva em um contexto histórico que me determina de certa forma, minha história de vida não foi marcada por uma doutrina religiosa. Pressuposto, estudei bastante no decorrer dessas duas semanas para falar-lhes sobre o marco de Jesus envolto a união.


Minha intenção não é dizer-lhes de forma tendenciosa sobre tal história de nenhuma forma, mas sim em instigar-lhes em como o exemplo de vida ou a história de um personagem influência a vida de cada um de nós. Nas psicologias, posso dizer que nós psicólogos, cada abordagem a sua maneira, utilizamos de técnicas que vão de encontro, certa maneira, com essas reflexões que busco tratar em meus textos. Reflexões estas que trabalham o Ser Humano em sua completude.


O nascimento de alguém inicia-se por seus pais. Jesus é filho de Maria e José. Um casal simples que foram cúmplices do milagroso nascimento virginal de Jesus. Nasce em uma manjedoura, em Belém, numa aldeia montanhosa da Galiléia. Recebera a visita dos reis magos do oriente e recebeu ouro, incenso e mirra de presente.


Herodes, o soberano da Galiléia, enfurecido e tomado de medo pelo nascimento do suposto novo rei, ordena a matança de todas as crianças masculinas de até dois anos de idade. Tendo ciência de tal ordem, José e Maria fogem para o Egito, voltando apenas depois da morte de Herodes.


Mediante suas circunstâncias, Jesus atuou como carpinteiro durante sua vida. Purificado nas águas do Rio Jordão, Jesus batizado viaja rumo a sua vida de pregação, curas e milagres. Designa discípulos para divagar sua passagem pelas cidades. Com cerca de trinta anos de idade, dá início aos ministérios designando os doze apóstolos.


Dentre seus principais discursos, sermões e parábolas, Jesus regressa a cidade de seu batismo como um príncipe da paz durante o Domingo de Ramos. Seria esta sua última semana de vida, finalizando com a Última Ceia, antes de sua crucificação. O sacramento cristão da Eucaristia baseia-se neste evento.


Depois da Santa Ceia, há profecias, traições e injúrias. Jesus é preso, e é julgado no tribunal de Pilatos, resultando na emigração de Jesus a Herodes. Em seguida. Herodes considera Jesus inocente e o envia novamente a Pilatos. Este permite que a multidão escolha que um prisioneiro seja liberto. A multidão escolheu libertar Barrabás (um assassino) e crucificar Jesus.


Jesus foi ridicularizado como rei dos judeus, flagelado, espancado antes de ser crucificado na colina do Calvário e presenteado com um enfeite de coroa de espinhos.


José Arimatéia, com a permissão de Pilatos, envolve Jesus com roupas lavadas e o enterra num túmulo selado com uma pedra talhada. Uma semana após sua crucificação, seus discípulos o encontram ressuscitado entre os mortos. Depois disso, faz várias aparições até então ascender aos céus.


Na psicologia, trabalhamos com a lida do homem. E em sua magnitude, há vícios e virtudes a serem analisadas e trabalhadas. As religiões mostram um modelo de visão de mundo e a mesma religião que para uns produz a estagnação, para outros pode produzir a elevação de seus valores. Cada ser vivente encontra-se em estágio diferente de evolução e tem aprendizados diferentes para conquistar. Há que se ter maturidade espiritual, já que a fé é um dos fatores de relevância na vida dos Seres Humanos.


A história de Jesus mostra-nos que quando a alma humana desperta, dá-se a luz (assim como no mito da caverna, de Platão). Apesar de sabermos o que devemos fazer, frequentemente somos tentados a trair nossas virtudes, nossa natureza humana.


Através do seu exemplo de vida, Jesus quis passar pra toda humanidade a doação, a compaixão, a abdicação de uma vida cômoda, os valores morais, o respeito ao próximo e o trato na lida com todos os Seres, as renúncias, uma afeição ao próximo que une a sua essência espiritual através do amor. Podemos perceber algo não usual, que é o mistério da condição humana.


O amor ao divino, na espiritualidade, denota que somos um. Todos os seres humanos são inteiros e únicos, cada um, mas têm uma necessidade de completude mediante um infinito sentimento de falta. Esta busca faz-se pelo amor. Segundo Mateus, Jesus diz: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. E foi este o arquétipo de Jesus, pois quem ama vê os potenciais. Num mundo sem senso, este personagem humano foi um modelo de acreditar que é possível ser melhor e de como agir em prol da humanidade.



* Raíssa Jacintho é psicóloga pela Universidade FUMEC e pós-graduanda em Trabalho Social com Famílias e Comunidades pela Faculdade Redentor (RJ). Sua área de atuação é a Terapia Cognitiva Comportamental em seu consultório particular. É colunista da Rede Psicoterapias, onde escreve as quintas-feiras, sobre a Psicologia através dos mitos.



Contato: rarajacintho@hotmail.com



 
 
 

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