Avaliando aspectos individuais da autenticidade
- redepsicoterapias
- 27 de fev. de 2014
- 2 min de leitura
Ainda falando sobre o item protagonizar. Outro aspecto que se faz importante é a autenticidade, uma característica que envolve a personalidade, onde os desejos e as vontades ficam evidentes. Passei a considera-la, ainda mais, após ouvir algumas palestras, onde se enfatizou alguns de seus elementos.
Este novo olhar me proporcionou muitas reflexões, decidi observar minha conduta diária, olhando para as minhas prioridades, em como realizava minhas decisões, o que julgava importante. Não no intuito de me fixar rigidamente, gastando toda a energia apenas com este processo, mas na tentativa de reavaliar o meu envolvimento com tais elementos, já que eles acabam fazendo parte de nosso dia-a-dia e que remetem a nossa personalidade.
Portanto estes elementos estão ligados ao que somos, fazem parte de nosso íntimo. Contribuem para nossas interações sociais, estabelecem a possibilidade de autoconhecimento, já que inevitavelmente somos conhecidos por nossas realizações, por nossas amizades, por nossos gostos, preferências, nossa forma de pensar também se faz importe, (a tão conhecida, “estar de consciência limpa”). Poder dizer. Estou satisfeito/feliz com minha escolha.
Trouxe a autenticidade como parte da personalidade, onde o existencialismo a apresenta como sendo plástica, flexível, em constante desenvolvimento, como um projeto aberto. Por isso, acredito que a reflexão tem fundamental tarefa nas mudanças que decidimos realizar.
Esta mudança só ocorre em uma perspectiva futura, sendo próxima ou distante, poucas vezes de imediato, estabelecendo certa ansiedade, como diria Heidegger “a autenticidade surge a partir da consciência da finitude humana”. E justamente planejar reavaliando e reconhecendo a realidade em que nos encontramos, nos mais diversos aspectos e ou nas mais variadas dimensões, acabam nos remetendo a condição finita, “onde as possibilidade, nós levam a projetar, a se construir, abrindo-se para a perspectiva futura, implicando na noção de finitude” (Heidegger).
Assim reconhecendo nossa realidade é possível utilizarmos a definição existencial para a autenticidade, “aceitar sua condição reduzindo sua culpabilidade, confrontar a ansiedade e escolher o futuro”.
*Lucas Coutinho é estudante de psicologia da faculdade Centro Universitário Adventista de São Paulo e colunista da Rede Psicoterapias as quinta-feiras, escrevendo sobre sustentabilidade emocional.
Contato:lukinhas1coutinho@gmail.com
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