As faces da motivação
- redepsicoterapias
- 27 de mar. de 2014
- 2 min de leitura
Falar sobre motivação é uma tarefa bem difícil, pois se tem muito material escrito, em diversas vertentes e áreas de estudo, o que transforma o tema, muitas vezes, em conhecimento do senso comum, onde cada qual palpita da maneira que acha mais convincente. Por isso também, aumenta a dificuldade, já que ouvimos sobre isso em diversos momentos.
Poderíamos recorrer à fisiologia, que define a motivação, como meio para saciar a necessidade e chegar a uma homeostase, ou seja, um equilíbrio que o corpo alcança quando sua necessidade de comer, beber, frio (se agasalhar), calor (se despir), sexo, é suprida.
Maslow, um importante psicólogo americano do século XX, construiu uma pirâmide de hierarquia de necessidades, onde as mencionadas acima constroem sua base, logo em seguida, sugere segurança envolvendo o corpo, família, moralidade, saúde entre outros, algo um pouco mais subjetivo. Logo a pós, amor/relacionamento, amizade, família, intimidade sexual, completamente diferente, de coito e suas outras variações. Seguindo para estima, relacionando as conquistas, confiança, respeito dos outros e mais, por fim realização pessoal, considerando aceitação dos fatos, solução de problemas, espontaneidade etc. Porém Maslow revela que só é possível ir para as próximas etapas, desta pirâmide, após conseguir alcançar e manter as bases anteriores. Algumas dessas necessidades se entrelaçam em momentos diferentes, ou se fazem iguais, mas com toda certeza, o nível de maturidade em ambos os momentos fazem grande diferença para o prosseguir nesta pirâmide.
Quem nunca ouviu falar de “palestras motivacionais”, geralmente em empresas e outras organizações. Aqui se trava uma grande discussão entre psicólogos organizacionais e psicólogos do trabalho. Pois os interesses e resultados obtidos, seguem objetivos diferentes, um se alia ao patrão e, o outro ao trabalhador, no sentido de observar coisas especificas, traçando maneiras de atuação.
Mas antes de prosseguir com outros exemplos, quero que tenhamos em mente, que parte da construção teórica, simbólica e prática que encontramos sobre motivação, tem um punho ideológico. Exatamente este ponto, as ideologias que envolvem a motivação, será o nosso foco. Já que citamos Maslow, sabemos que este é humanista, umas das linhas teóricas que compõem a psicologia, sabemos também que este foi um movimento filosófico, desde a antiguidade, se manifestando em vários momentos da história, exercendo influencia sobre arte, literatura, etc. Atribuindo o homem como o centro, onde este é visto como capaz, ou seja, uma valorização das ações humanas em seu desenvolvimento, cujo os valores morais ganham destaque.
Já o segundo exemplo se distingue apenas pelos interesses, sendo um grupo focado na logica individual e o outro na logica coletiva. Os aliados dos patrões isolam o individuo quando este não produz, não alcança as metas, quando este adoece. Os aliados do trabalhador visualizam as variáveis que podem ser a causa destes conflitos, tentando transforma-los em confrontos de opiniões.
*Lucas Coutinho é estudante de psicologia da faculdade Centro Universitário Adventista de São Paulo e colunista da Rede Psicoterapias as quinta-feiras, escrevendo sobre sustentabilidade emocional.
Contato:lukinhas1coutinho@gmail.com
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