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Consciência

  • Foto do escritor: redepsicoterapias
    redepsicoterapias
  • 3 de abr. de 2014
  • 3 min de leitura

Entender, sentir e vivenciar o amor. Eis as ações que necessitam essencialmente da tomada de consciência. Será que com essa consciência o enigma do amor estará resolvido?


Pode-se saber onde se quer chegar, como sentir o amor, como amar o outro, conforme a reflexão do artigo anterior. Entretanto, para chegarmos a qualquer lugar devemos sair de onde estamos. Estar consciente disto é o primeiro passo para o processo de mudança.


Ser consciente requer saber quem somos, o que queremos, pra onde queremos ir e como alcançaremos o que almejamos. Em conseqüência, devemos saber quem não somos, o que não queremos, para onde não queremos ir e continuar no caminho de autoconhecimento, sendo condizentes com nós mesmos.


O mito em questão não poderia ser outro a não ser o Mito da caverna:


"O Mito da Caverna é uma passagem do livro “A República” do filósofo grego Platão. É também conhecido como “Alegoria da Caverna”, sendo considerada uma das mais importantes alegorias da história da Filosofia no que tange como, através do conhecimento, é possível captar a existência do mundo sensível (conhecido através dos sentidos) e do mundo inteligível (conhecido somente através da razão). O primeiro é o mundo da imperfeição e o segundo encontraria toda a verdade possível para o homem.


O mito fala sobre pessoas prisioneiras vivendo presas desde o nascimento em correntes numa caverna e que passam todo tempo olhando para a parede do fundo que é iluminada pela luz gerada por uma fogueira. Nesta parede são projetadas sombras de estátuas representando pessoas, animais, plantas e objetos, mostrando cenas e situações do dia-a-dia. Os prisioneiros ficam dando nomes às imagens (sombras), analisando e julgando as situações.


Um dos prisioneiros sairia das correntes para poder explorar o interior da caverna e o mundo externo, em contato com a realidade. Depois de aclimatado, este perceberia que passou a vida toda analisando e julgando apenas imagens projetadas por estátuas. Ao sair da caverna e entrar em contato com o mundo real há o encanto com os seres de verdade, com a natureza, com os animais e etc. Ao retornar para a caverna para passar todo conhecimento adquirido fora da caverna para seus colegas ainda presos fora ridicularizado ao contar tudo o que viu e sentiu, pois seus colegas só conseguiam acreditar na realidade que enxergavam na parede iluminada da caverna. Os prisioneiros chamam-no de louco, ameaçando-o de morte caso não parasse de falar daquelas ideias consideradas absurdas."


Platão utilizou a linguagem mítica para mostrar que os prisioneiros somos nós. Enxergamos e acreditamos majoritariamente em imagens criadas pela cultura e em conceitos e informações que recebemos durante a vida.


A alienação Humana significa a percepção distorcida de imagens fantasmagóricas. Em geral, o ser humano principia-se na ignorância antes do uso do senso crítico.


Em se tratando de consciência, o objetivo do texto é proporcionar uma reflexão sobre em que lugar cada um de vocês leitores se encontram. Estão algemados na caverna? Estão livres investigando a caverna? Estão cegos com o sol fora da caverna? Ou estão enxergando a existência de um novo mundo?


Tais reflexões são importantes para obtermos um resgate de valores em todos os contextos: familiar, social, cultural: corporal, emocional, mental, espiritual.


O mundo da caverna é o mundo das aparências que vivemos. As sombras são o que queremos (cremos) que seja verdade. O mundo luminoso da realidade se consegue se libertando das correntes que é tudo o que pensamos ser verdade (aparência). O despertar é a busca da verdade. É adquirir consciência de algo além de nós mesmos, além da nossa percepção inicial, mutável. Quem sai da caverna é aquele que busca a verdade, é aquela pessoa com sede das virtudes.


A caverna simboliza o mundo, pois nos apresenta imagens que não correspondem à realidade. Só se é possível conhecer a realidade, quando nos libertamos das influências culturais e sociais, ou seja, quando saímos da caverna.


Independente de qual lugar você esteja, a saída da caverna é um processo alquímico, é uma transformação interna, é um passo, é subir um degrau na escada evolutiva da vida.


Assim como alguém com déficit na visão fica estupefato ao colocar os óculos e enxergar com nitidez a imagem do mundo ao seu redor, o Homem que consegue sair da caverna é aquele que consegue adquirir consciência. Para alcançar essa elevação, cabe a cada um de nós, considerando nossas limitações, buscarmos a verdade.




* Raíssa Jacintho é psicóloga pela Universidade FUMEC e pós-graduanda em Trabalho Social com Famílias e Comunidades pela Faculdade Redentor (RJ). Sua área de atuação é a Terapia Cognitiva Comportamental em seu consultório particular. É colunista da Rede Psicoterapias, onde escreve as quintas-feiras, sobre a Psicologia através dos mitos.


Contato: rarajacintho@hotmail.com

 
 
 

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