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Psicanálise e Educação

  • Foto do escritor: redepsicoterapias
    redepsicoterapias
  • 12 de mai. de 2014
  • 2 min de leitura

Posso afirmar que durante toda a minha graduação sempre tive uma afinidade muito grande com a psicanálise, e recentemente, me vejo estudando as articulações entre a teoria psicanalítica e a educação.


As obras psicanalíticas sempre nos mostraram que aquilo que o sujeito não sabe que sabe é ainda mais importante do que aquilo que ele sabe de fato. Ao ler um texto de Joan Rubin (“What the Good Language Learner‟ Can Teach Us”, 1975), sobre alunos que possuem maior facilidade em aprender outras línguas, pude perceber a importância de ajudar o estudante a desenvolver novas estratégias para o próprio aprendizado, mas também pude notar que enquanto o aluno não desejar desenvolver essas estratégias, o trabalho do professor não surtirá o efeito que se almeja. O que fazer então com o aluno não desejante?


Cada sujeito possui o próprio tempo na relação com o saber. Não me refiro à idade cronológica ou a necessidade do estudante em obter um certificado de proficiência, mas me refiro a um tempo interno que está intrinsecamente ligado ao desejo, e o desejo é sempre impossível de controlar, seja o nosso, seja o do outro. Diante dessa falta de controle, as frustrações brotam e sempre existirão alunos que não correspondem às expectativas. Mas afinal de quem são essas expectativas? Dos professores, da família ou dos próprios alunos?


Nós temos as ferramentas, mas não temos o controle. O lugar que o professor ocupa no inconsciente do aluno escapa de nosso controle, mas é possível favorecer uma boa relação com o estudante quando o professor se permite ser autêntico no ensinar e nos momentos de descontração. É na brecha entre a imagem ideal que o aluno possui do professor e aquilo que ele realmente é, que a identificação desse aluno com a figura do educador é desenvolvida, e isso favorece muito o processo de ensino-aprendizagem; afinal, não é na relação com o outro que o sujeito se constitui?


O professor pode não ter o saber absoluto e nem ser onipotente, e isso pode ser muito frustrante às vezes, mas esse profissional tem o privilégio de acompanhar o percurso do outro e de auxiliá-lo a alcançar sua independência no aprendizado; e é nesse momento, quando finalmente o professor torna-se dispensável para o aluno, que existe a certeza de que o desejo pelo conhecimento se sobressaiu a todo o resto.

*Natália Saab é formada em Psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2012). É psicóloga Clínica. Realiza atendimentos a crianças e adultos, tendo como referencial teórico a psicanálise. Possui experiência de estágio nas áreas da psicologia clínica, jurídica e escolar.

 
 
 

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