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Pecado e destruição

  • Foto do escritor: redepsicoterapias
    redepsicoterapias
  • 16 de jul. de 2014
  • 2 min de leitura

Acredito que boa parte da humanidade esteja familiarizada com o conceito de “pecado” instituído pelas religiões que atualmente reúnem os maiores números de fiéis; mesmo assim, o conceito de pecado é muito abrangente e ao mesmo tempo bastante íntimo. Se for possível encontrar um ponto de convergência entre as religiões monoteístas mais conhecidas, no que diz respeito a tal conceito, acredito que encontraremos que o pecado é o pensar ou o agir de forma contrária àquela que agrada a Deus. Ao mesmo tempo, não pecar nos levaria a um estado de semelhança a Deus; e isso é impossível, uma vez que o pecado tornou-se genético a partir da transgressão cometida por Adão e Eva. Assim, Deus é descrito como um Pai que está sempre pronto a perdoar e os que são devotos das religiões judaico-cristãs fazem de tudo para não desagradá-lO.


Um dos pecados que o homem poderia cometer diz respeito a se comportar de forma agressiva perante o outro, ou até mesmo o desejo de que a outra pessoa experimente diversos tipos de sofrimentos. Não podendo desejar e, menos ainda, concretizar seus desejos agressivos, a agressividade volta-se para o próprio homem, e é manifesta em quase todas as situações cotidianas que vivencia: toda ação tem um poder de construção e destruição.


O ser humano, embora seja difícil para muitos admitir, é essencialmente destrutivo. As dificuldades internas que impomos a nós mesmos, que nos paralisam ou nos movimentam em direção a um futuro arrependimento e/ou sofrimento, sempre fizeram parte de nós e sempre farão. Será então que algo que faz parte de todos nós pode ser considerado pecado?


É tarefa bastante difícil para muitos aceitar que não somos seres puramente bons, mas que reprimimos impulsos destrutivos para que assim possamos conviver em sociedade. A grande questão é o que fazer com aquilo que está reprimido. Devemos ignorar tais conteúdos e aprender a conviver com os sintomas de patologias psíquicas que pedem para que olhemos para eles? Ou será que é possível dar um destino adequado, sem ferir as regras sociais, para tais impulsos?


A cada um cabe os destinos a que se dá a própria agressividade. Independente das escolhas feitas, nós sempre teremos que lidar com ganhos e perdas, mas com quais perdas e ganhos queremos lidar? Será que estamos prontos a nos deparar com partes de nós mesmos que sempre negamos existir?


*Natália Saab é formada em Psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (2012). É psicóloga Clínica. Realiza atendimentos a crianças e adultos, tendo como referencial teórico a psicanálise. Possui experiência de estágio nas áreas da psicologia clínica, jurídica e escolar.


 
 
 

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