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Constelação Familiar: um enredo de histórias em busca de Amor

  • Foto do escritor: redepsicoterapias
    redepsicoterapias
  • 9 de out. de 2014
  • 4 min de leitura

Que todos nós, seres humanos, constituímo-nos no meio social, na inter-relação com as pessoas, o que procurei deixar claro no decorrer das minhas cinco primeiras colunas publicadas anteriormente. De todo modo, a antropologia, a sociologia, a própria psicologia estuda e compreende o ser humano analisando seu comportamento, seu relacionamento consigo próprio e com o mundo externo. Existem trabalhos muito interessantes que instigo a investigar quem ainda não compreendeu esta questão.


A ciência busca categorizar os fatos, mas hoje não vou dizer sobre algo palpável, mensurável, mas sobre uma compreensão do Homem mais além, compreensões que ainda fazem parte de um olhar invisível de algo que existe, mas que ainda não é percebido ou compreendido. Algo para além do mundo mensurável está sendo desvelado na “Simetria oculta do Amor”. Este é o título do livro introdutório pra quem quer tomar consciência sobre o tema que vos escrevo.


Neste texto falarei de uma técnica chamada Constelação Familiar e que foi criada por Bert Hellinger (psicoterapeuta alemão) considerada como terapia familiar desde a década de 70, mas trazida ao Brasil por ele em 1999. Nela cria-se "esculturas vivas" reconstruindo a árvore genealógica do constelado, o que permite localizar e remover bloqueios do fluxo amoroso de qualquer geração ou membro da família através do movimento que flui. Há também a Constelação com bonecos.


Hellinger propõe três pilares na Constelação Familiar que são as três leis básicas do amor: primeiro pilar é a Hierarquia Familiar: ela existe e deve ser respeitada, ou seja, cada membro da família deve saber qual é o seu lugar; o segundo pilar é o equilíbrio em dar e receber no relacionamento, ou seja, se apenas dá-se ou apenas recebe-se o relacionamento fica comprometido; o terceiro pilar é o direito ao pertencimento, ou seja, todos têm o direito de pertencer àquela família, mas isso não necessariamente acontece. Há pessoas que são excluídas da família, por exemplo, e dessa forma não há felicidade familiar. Para melhor entenderem este terceiro pilar exemplifico com as figuras de um ex-amante ou filhos fora do casamento ou componentes da família que são drogados ou alcoólatras, dentre outros.


Inicialmente deve ser estabelecida a questão a ser trabalhada e, a partir daí, é função do terapeuta perceber a dinâmica da família do constelado. Nesta perspectiva, uma coisa que percebo é que este trabalho é muito sério e é de extrema importância para o desenrolar da vida do constelado. Este exercício não é exclusivo de um profissional da psicologia, mas também por outras áreas. É importante esclarecer que, este é um trabalho feito com o fluir de energia. Então, é um trabalho que exige muito estudo e muito empenho tanto dos sentidos quanto espiritual do terapeuta. Quem não está maduro ou preparado para lidar com estas questões da alma, em geral, banalizam este trabalho.



"Na mitologia, a trama familiar dos Deuses também é repleta de complexidades. O monte Olímpo é sua residência, localiza-se na Tessália. Seu alimento é a ambrosia e a bebida o néctar. Os vestuários eram as túnicas e outras peças feitas pela Deusa Minerva. Hoje meu objetivo foi trazer pra vocês uma estrutura da árvore genealógica da família dos Deuses.


A família dos deuses engloba tanto os que nasceram imortais, titãs, monstros, ninfas, quanto os que eram mortais como os gigantes e ninfas. Há os que não eram deuses nem mortais, considerados Daímones, como intermediários. Os Heróis e semi-deuses eram os filhos de Deuses com mortais. Pensei em estruturar a árvore genealógica deles, mas conclui que não cabe neste artigo. Portanto começarei falando a vocês que a origem dos deuses, como a criação do universo dentro das várias facetas narrada pela mitologia, se dá por Caos (Universo). Este gerou sozinho: Érebo (Escuridão), Nix (Noite), Eros (Amor, princípio organizador do mundo), Tártaro (Mundo Inferior, Inferno) e Gaia (Terra). Gaia gerou sozinha: Urano (Céu), Ponto (Mar), Óreas (Montanhas).


Partindo deste pressuposto, a primeira geração seria então de:

. Gaia + Tártaro = Tifão;

. Gaia + Ponto = Nereu, Taumante, Fórcis, Ceto, Euríbia, as ninfas Napeias elementares dos vales e selvas, as ninfas Oréades, as ninfas Dríades, as ninfas Hamadríades.

. Nix + Érebo = Éter, Hemera, Moros, Momo, Tânato, Hipnos, Nêmesis, Éris, Geras, Deusas Hespérides – que personificam a tarde: Egle, Erítia, Héspera – Queres – que gerou os tipos de morte: Híbride, Limos e Poinê – Moîras – que gera os três tipos de destino: Cloto, Láquesis e Átropos. "



O foco do texto é a relação familiar e como o trabalho é feito com a energia do amor, consequentemente, é através da força do amor que vencemos as convivências. Não nos relacionamos apenas por alguém ser útil para o outro, mas para além da utilidade ou da inutilidade conseguimos enxergar o valor que as pessoas têm. Então, o que eu pude perceber é que a constelação familiar é uma aquisição de consciência e ela acontece para quem tem coragem de ver a verdade acontecer.


“A felicidade procurada pelo eu, nos escapa facilmente. Crescemos quando ela se vai. A felicidade da alma chega e permanece. E cresce conosco.”. Bert Hellinger. O processo de Constelação conduz a uma nova ordenação do sistema familiar mais harmônico e a beleza deste trabalho está na tomada de consciência que a pessoa adquire. Com consciência de nós mesmos podemos fazer nossas escolhas com mais sabedoria e trilhar o “caminho do meio” com pés mais firmes.




* Raíssa Jacintho é psicóloga pela Universidade FUMEC e pós-graduanda em Trabalho Social com Famílias e Comunidades pela Faculdade Redentor (RJ). Sua área de atuação é a Terapia Cognitiva Comportamental em seu consultório particular. É colunista da Rede Psicoterapias, onde escreve as quintas-feiras, sobre a Psicologia através dos mitos.

Contato: rarajacintho@hotmail.com

 
 
 

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