Perspectivas: Indivíduo – Sociedade
- redepsicoterapias
- 24 de out. de 2014
- 4 min de leitura
A vida, na perspectiva como um todo, é o que fazemos dela. Sartre bem disse isso. Tenho falado bastante da perspectiva de nós indivíduos no âmbito social, na vivência em grupo. Estamos vivendo um momento histórico de eleições aqui no Brasil e isto é um exemplo de quão importante é saber lidar com os diversos contextos sociais que por ventura temos a oportunidade de viver.
Fazendo referência a abordagem sistêmica, esta é uma proposta de trabalho com as pessoas e suas relações humanas. Visto que o sujeito é sempre mencionado por um sistema, sendo sua matriz de identificação a família.
Proporcionando-nos então uma reflexão sobre este período eleitoral, temos o dever – eu, vocês leitores, assim como todos os cidadãos brasileiros – de fazer um voto consciente. O presidente do país é aquela pessoa que faz-se representar toda uma nação e faz o seu melhor dentro do melhor possível. Pensando dessa forma, que saibamos fazer a melhor escolha e que quem assumir as rédeas do país seja o mais assertivo possível.
Em relação ao trabalho terapêutico, este possibilita mudanças de paradigmas e novos olhares para a constelação psíquica que constitui a dinâmica das relações interpessoais sistêmicas. Possibilita também diferentes conexões, diálogos, aplicabilidade e funcionalidade do manejo clínico. O procedimento terapêutico pode ser realizado de modo individual, com casais, ou familiar, pra qualquer idade.
“O foco da terapia sistêmica é possibilitar a autonomia ao sujeito, despertar a consciência acerca das responsabilidades, das escolhas, e estimular a mudança nas pautas disfuncionais. Ao promover uma mudança no sistema familiar, muda-se automaticamente o padrão de interações interpessoais nesse contexto.” (MIRANDA, 2007)
O psicólogo é um profissional que visa melhorar a qualidade de vida das pessoas e das relações que são estabelecidas. Dentro da aquisição da qualidade de vida temos o processo de aquisição de autoconhecimento, aprender a lidar com as dificuldades e conflitos e construir juntos – paciente e psicólogo – novas formas de enfrentar seus problemas. O trabalho é intenso e predeterminado.
Em relação à família dos Deuses, vimos no texto anterior à origem dos Deuses e a criação do Universo. O universo gerou a escuridão, à noite, o amor – princípio organizador do mundo, o mundo interior – inferno e a terra, que gerou sozinha o céu o mar e as montanhas. Vimos que a primeira geração foi constituída pelos seres primordiais.
Hoje quero mostrar pra você leitor à segunda geração, é a era dos Titãs. Gaia, a mãe terra, surgiu no universo e gerou filhos. Já vimos alguns na primeira geração. Nesta segunda, Gaia cria Urano – céu – e passa a ser seu marido e protetor. Eles geram os Titãs (Oceano, Céos, Crio, Hiperião, Jápeto e Cronos), as Titâniadas (Teia, Reia, Têmis, Mnemósine, Febe e Tétis), os Ciclopes (Arges, Estéropes e Brontes) e os Hecatonquiros (Coto, Briareu e Giges).
O que tem de tão interessante na família dos Deuses? Um mito, por mais esdrúxulo que pareça, possui um significado mais profundo. Além da representatividade e do grau de importância que cada um tem para com o Universo (Caos), neste momento há a revolta dos titãs.
Nesta guerra dos titãs Zeus teve dois motivos para iniciar a grande guerra: primeiro, desejava reinar sobre os homens, algo que não agradava os Titãs, e, segundo, queria vingança contra Cronos devido a suas ações contra ele e seus irmãos. De um lado, eram os titãs, colossais, cuja arma era a força bruta, do outro, os deuses, mais precisamente Zeus, Hades e Poseidon (os irmãos mais fortes) e suas armas mágicas. Com o fim da guerra iniciou-se o reinado de Zeus e sua família sobre o mundo.
Ganância e vingança foram os motivos oriundos da guerra dos titãs. É particular os motivos de cada um á discussões grosseiras, brigas, confusões, desavenças, desacordos, até debates inconsistentes ou ilógicos como mostrou-se os debates presidências esta semana final de eleição. O que devemos pensar é em: como fazer diferente? Como ser uma pessoa diferente dentro desse nosso mundo de diversidade, de diferenças tanto pessoais quanto de grupos sociais ou partidários (neste exemplo da política). O que me cabe fazer diante desta dimensão social? Pensando na introdução deste texto, Como fazer o que temos que fazer da nossa vida?
Perspectivas, modelos, padrões, arquétipos, moldes, exemplos... O que fazer? Quem ser? Como? Quando? Em que lugar? O pensamento sistêmico surgiu na perspectiva de superar os modelos tradicionais de abordagem do ser humano, parâmetros considerados insuficientes para o desenvolvimento humano até então, no século XX. Se por ventura você tem uma questão que gostaria de desenvolver e precisa de ajuda ou conhece alguém que precise, um psicólogo é formado e qualificado para auxiliá-lo neste processo.
https://psicologado.com/abordagens/psicologia-sistemica/algumas-contribuicoes-sobre-a-abordagem-sistemica
* Raíssa Jacintho é psicóloga pela Universidade FUMEC e pós-graduanda em Trabalho Social com Famílias e Comunidades pela Faculdade Redentor (RJ). Sua área de atuação é a Terapia Cognitiva Comportamental em seu consultório particular. É colunista da Rede Psicoterapias, onde escreve as quintas-feiras, sobre a Psicologia através dos mitos.
Contato: rarajacintho@hotmail.com
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