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Eu faço terapia, e daí?

  • Foto do escritor: redepsicoterapias
    redepsicoterapias
  • 8 de fev. de 2015
  • 2 min de leitura

Olá! Hoje inicio minha coluna na Rede Psicoterapias sobre o tema “Psicoterapia: Reflexões para terapeutas e clientes”. Ao pensar sobre este primeiro texto me lembrei de uma pessoa querida, que não conheço pessoalmente, mas com quem tive boas conversas. Seu nome é Juliana. Ela é autora da página “Eu faço terapia, e daí?”.


Já me peguei pensando bastante sobre o título desta página. Ele não contesta simplesmente o preconceito, que ainda existe, contra pessoas que procuram a ajuda psicológica. Penso que tal preconceito vem diminuindo bastante e a maioria das pessoas entendem que para procurar um psicólogo não é preciso ser louco. Quem procura um psicólogo é quem quer mudar, quem precisa enfrentar algum obstáculo e não vem dando conta sozinho, quem quer se conhecer melhor e até mesmo quem não sabe bem o motivo, mas sente que precisa lidar melhor com a própria vida. O louco é a figura estereotipada, mas por que não? Posso estar louco e procurar um psicólogo!


Vai além do preconceito. Acho que este título quer dizer também: “E daí se eu tenho problemas?”, “E daí se não estou dando conta sozinho?”.


A autossuficiência vem como um sintoma do nosso tempo. Tempo em que as vitrines das redes sociais só podem mostrar o lado bom da vida, as vitórias e as fotos em que saímos bem.


Não digo que devemos colocar a mostra toda a nossa falta. Penso que nenhuma exibição demasiada deva ser saudável, ainda que faça parte das escolhas de cada um. Mas em tempos da autossuficiência e da felicidade a todo custo, curtir uma página como esta é um ato bem corajoso.


Isso nos remete a uma reflexão importante. Já parou para pensar em como estamos nos tornando solitários em nossas próprias faltas e imperfeições? É como se fossemos estranhos a este mundo pelo simples fato de sermos frágeis e passíveis de sofrimento. Mas a verdade é que a fragilidade é uma condição humana e dela não podemos escapar.


A vida segue num fluxo imprevisível. Diante das escolhas que fazemos, direcionamos este fluxo para onde desejamos. Mas o inesperado, que é a vida, sempre irá existir. Não temos controle de tudo e isto nos torna frágeis, passíveis de frustrações.


Por isto, mesmo que você não tenha de anunciar na vitrine os seus sentimentos mais profundos, saiba que é importante aceitar a sua condição enquanto ser humano e existente. Este é o primeiro passo para lidar com as dificuldades imprevisíveis e que ora ou outra irão aparecer.


Até a próxima!


* É psicóloga e oferece atendimentos clínicos pela abordagem existencial fenomenológica. Tem formação em Psicossomática pela Faculdade de Medicina da UFMG. É colunista da Rede Psicoterapias e escreve aos domingos sobre o tema "Psicoterapia: reflexões para terapeutas e clientes".

 
 
 

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