Psicologia e os aspectos morais
- redepsicoterapias
- 12 de fev. de 2015
- 2 min de leitura
Na psicologia devemos (nós, os psicólogos), muitas vezes, abster-nos da nossa individualidade para focar nas questões relativas ao paciente. Entretanto, pra iniciar nossa conversa digo-lhes (a vocês, leitores) sobre mim, justamente por ser através do meu olhar que abordarei o tema que estou motivada a escrever-lhes este ano.
Eu sou uma pessoa que busca ser cada dia melhor. Estou longe da perfeição e tenho consciência de que jamais a alcançarei, mas percebo várias coisas sobre este mundo em que vivemos com um olhar o mais positivo possível sobre as situações.
Uma coisa que aprendi neste passar de ano foi sobre a impermanência. Tudo que existe no mundo é um fenômeno, tanto coisas como pessoas. E todos os fenômenos são impermanentes, tanto as coisas boas quanto as coisas ruins. Ou seja, tudo irá passar, todas as experiências irão passar, inclusive a vida, a nossa experiência do viver.
Eu acho graça da longa extensão dessa teoria da Psicologia Transpessoal, mas é através da prática que estou aprendendo a assimilá-la melhor e sentir melhor a vida e a morte. Afinal, estar próximo da morte nos aproxima da nossa essência.
A busca de ser uma pessoa melhor a cada dia infere em mim a vontade de escrever sobre os aspectos morais, mais particularmente sobre as virtudes e os pecados, pois é através da nossa ação que demonstramos ser melhores, ou seja, a moral tem a ver com os valores que regem a ação humana envolta no social.
Dando nome aos bois (como é dito aqui na minha terra), os sete pecados capitais são: gula, avareza, luxúria, ira, inveja, preguiça e orgulho. O avesso são as virtudes, sendo elas respectivamente: temperança, generosidade, castidade, mansidão, caridade, diligência e humildade. São tantas posturas a tomar-se que se observa a importância das escolhas dentro da convivência.
Quem teve a oportunidade de ler meus textos do ano passado pode lembrar-se do tema da dualidade. Sim x não, bom x mal, certo x errado, pecado x virtude. No viver do humano lida-se com os dois polos, mas qual caminho seguir? Siddhartha Gautama (Buda) disse-nos sobre o nobre caminho, o caminho do meio. O Ser Humano não deixará de conter em si um dos polos, mas pode aprender a lidar com todas as adversidades da melhor forma possível. E eu acredito, baseando minhas crenças em meus estudos, que a psicoterapia é um meio pelo qual o indivíduo pode autoconhecer-se e, assim, seguir o melhor caminho.
*Psicóloga pela Universidade FUMEC. Pós-graduada em Trabalho Social com famílias e Comunidades pela Faculdade Redentor (RJ). Curso de introdução a Terapia Cognitivo-comportamental (TCC)pela UFMG e de Terapia por Contingencias de Reforçamento pelo NTCR-BH. Pós-graduanda em Terapia Cognitivo-Comportamental pela UNIFIA (SP). A área de atuação é TCC em seu consultório particular e gerente de psicologia na AOMEC. Colunista da Redepsicoterapias escreve às quintas, sobre Psicologia e os aspectos morais.
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