Gula
- redepsicoterapias
- 26 de fev. de 2015
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A vida nesta sociedade moderna e capitalista em que vivemos proporciona aos cidadãos uma vida pautada em um trabalho desgastante que demanda bastante energia e tempo, tanto no trabalho de mão de obra operária quanto o intelectual especializado. Afinal, temos que dar resultados. Este modo de vida, não necessariamente apenas o profissional, a maneira para se viver de forma complexa, mecânica e exigente em todos os âmbitos do viver, predispõe a alguns transtornos.
Mas o que é a gula? Por ser um pecado vem de um desejo, e a gula é um desejo incontrolável por comida, bebida, drogas. Podendo desencadear outros pecados, a gula proporciona a luxúria, fazendo com que o indivíduo deseje também o sexo insaciável.
O que leva uma pessoa a tender comer, beber, drogar-se e a atividade sexual desenfreada? Depende. Existem vários fatores que predispõe uma pessoa a Gula, ao comportamento de excesso, como as crenças construídas durante seu desenvolvimento, o ambiente, ou até mesmo fatores genéticos. As crenças: “Se eu comer não serei feliz” ou “Se eu comer só esse pedacinho de bolo de chocolate eu não vou engordar” são exemplos de auto-enganos que auxiliam a existência e permanência deste comportamento.
Para que os pacientes consigam ter sucesso na diminuição do comportamento disfuncional e aprender a agir de forma saudável, precisam passar por uma reestruturação cognitiva. Primeiramente é necessário saber diferenciar o querer do gostar de comer, beber, drogar-se ou até mesmo relacionar-se sexualmente. Querer é a representação do prazer e gostar é a experiência do prazer. A importância desta consciência é que a pessoa consiga iniciar uma mudança de comportamento.
Há múltiplos níveis de desejos psicológicos e a Gula, um desejo irracional, precisam ser melhor compreendido. A hipersensibilidade das pessoas a estes estímulos irracionais pode provocar, dentre outros sintomas, o sobrepeso ou a obesidade, a drogadição (que inclui os diversos usos de substâncias químicas estimulantes do sistema nervoso central, como por exemplo, a cocaína, anfetamina, nicotina, cafeína, dentre outras. Existem as drogas que são inibidoras ou depressoras do SNC, como o álcool, os tranqüilizantes, os soníferos, os inalantes. Há também as drogas que são perturbadoras, ou seja, alucinógenas, que são a maconha, o LSD, o Santo Daime, o Ecstasy) assim como os transtornos do desejo sexual hipoativo (Disfunção orgásmica, vaginismo, erotomania).
Portanto, faz-se necessário um tratamento que compõe algumas ações como: o aumento do exercício físico associado a uma dieta assertiva, controle do comportamento, administração medicamentosa, em alguns casos internação, em outros casos intervenção cirúrgica. Desta forma, mostra-se a importância do trabalho multidisciplinar além do apoio familiar. Nesse contexto, a Psicoterapia tem o foco principal à diminuição do sofrimento das pessoas além de trabalhar com os prejuízos que ocorrem.
Referências:
http://apps.einstein.br/alcooledrogas/novosite/drogas_classificacao.htm
http://www.abcdasaude.com.br/psiquiatria/sexualidade-normal-e-transtornos-sexuais

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