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Castidade: sobre abstinência

  • Raíssa Jacintho
  • 9 de abr. de 2015
  • 3 min de leitura

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Há várias formas de lidar com o sexo e através da linguagem é uma delas. Existe uma discrepância entre o que é falado sobre o sexo e o que é feito. Não necessariamente um Homem que diz ter feito sexo três, quatro ou cinco vezes ao dia é fato, assim como uma mulher dizer que nunca teve relações sexuais é virgem. Entretanto, os atos normalmente estão pautados no paradigma vigente e se há banalização do discurso sexual é possível que pessoas passem a brocharem, ou fazerem uso de Viagra, por exemplo, devido à pressão da autoexigência.

Projetar ao outro que somos bem resolvidos sexualmente tem o seu papel. A imaginação ou o imaginário permeia a satisfação de alguma maneira, como filmes/ videos, desenhos, fotografias são meios usuais. Uma hipótese do filósofo e escritor Pondé é que o sexo falado de forma livre gera um ato sexual com menos culpa.


A questão é que de um lado temos a necessidade da luta pela reprodução para perpetuação da espécie e por outro lado há a necessidade igualmente inópia da elevação espiritual, de estarmos conectados com o divino em nós. Pecados e virtudes estão em uma luta constante e ao longo do tempo são ressignificados. Entre a repressão sexual e a busca desenfreada do prazer. Há saída para o desejo do Homem?


O vício em sexo não necessariamente é o vício em sexo violento. A luxúria é mais do que o sexo, porque é mais do que o desenvolvimento da falta de limite, este pecado ultrapassa o limite, no sentido que sempre destrói a paz da alma. Ou seja, esses comportamentos são gerados por pensamentos ruins, disfuncionais, e por mais que o pecado em certa medida deixe a vida mais encantada por um momento, geram ressaca moral em outro. O problema da busca pela exaltação do prazer é que ela não alcança a plenitude, nunca se finda. A luxúria é deliciosa, mas é destrutiva porque desarticula as relações.


Pondé reitera que atualmente, na contemporaneidade, o ato da castidade é muito difícil porque por muitos é considerada como idiota. A castidade é uma virtude contrária a Luxúria. Ao invés do excesso sexual há a abstinência de relações sexuais. Esta abstinência pode-se dar em absoluto fazendo com que a pessoa permaneça na virgindade. Entretanto, não precisa-se ser virgem para ser casto como a maioria das pessoas pensam. Algumas pessoas escolhem a castidade depois de algum evento traumático, muitas vezes encarado como uma obrigação, por exemplo, uma viúva após a morte de seu amado.A abstinência de experiências sexuais extra casamento seria a pessoa ser fiel a um único parceiro sexual. Este último faz referência ao mandamento “não cometerás o adultério”.


O que deve-se pensar é se a consequência das suas ações estão prejudicando a si ou a terceiros e há situações nas quais a castidade influência na vida do sujeito desta forma. Quais são seus códigos morais? Quais são seus referenciais éticos que permeiam suas atitudes? Qual o limite entre prazer e pecado? Qual a melhor maneira de se viver?


Pecado é uma espécie de disfunção da natureza em que o vício destrói um padrão. Muito por isso a luxúria nunca é saudável. Todo ser humano tem o direito da liberdade sexual, mas nem todo direito é bom, belo e justo tanto para si quanto para os outros. Ou seja, o ato sexual pode ser bom com ou sem amor. A questão é o que você pensa sobre isso, que de certa maneira, faz com que o ato seja destrutivo pra você.


A experiência do vínculo com o outro é importante para a construção do amor. O pior desejo do Homem é querer que sejamos apenas virtuosos ou apenas errantes. A natureza do ser humano não mudará enquanto formos seres humanos. Portanto, é uma luta de conquistas e perdas até o fim.

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