EXPERIMENTE VOAR!
- Elaine Souza
- 11 de abr. de 2015
- 3 min de leitura

Dias atrás saí para fazer uma pesquisa de campo, para realizá-la precisava da autorização do responsável da instituição, então me coloquei em busca da pessoa, pergunta pra um e outro e consigo identificar a cuja, me aproximo simpática como sempre, sorriso nos lábios e primeiramente me identifico, mas como sou de olhos nos olhos antes de continuar a falar de meu propósito, pergunto o nome da “sujeita” que com uma cara de paisagem bem tirana mira minha figura e solta um sonoro: “- Porque você quer saber meu nome?” eu humildemente respondo: “- apenas para contato!”.
Quando me dirijo a alguém que não conheço sempre pergunto o nome, gosto de identificar as pessoas pelo o que elas têm de único, o nome, e acredito que a maioria das pessoas em um primeiro contato procura identificar o outro através do seu nome. Assim a relação, mesmo que inicial, traz certa proximidade e, a meu ver, este é um dos pontos de partida para muitas trocas. O nome é um dos aspectos da identidade que “permite uma relação com o outro” e que também diferencia este outro de si próprio.
Considerando todos os frenesis da atualidade vejo em meu dia-a-dia pessoas desconfiadas, reservadas, e é claro que não estou generalizando existem as exceções, mas o ser humano sem perceber esta se tornando morador de uma capsula tão protegida que esta se defendendo ate de si mesmo, o fato de desconhecer a si mesmo acarreta a este medo do outro, do olhar do outro, da fala do outro em relação a si.
Pois é, parece que estamos caminhando para um reality show da vida ao nos condicionar em um modelo de viver privado que nos é vendido pela mídia, o qual somos “obrigados” a comprar, e, fixado neste vai e vem padronizado do cotidiano, estamos perdemos a essência das relações, do contato, de saber do outro não com más intenções, mas por se importar e por querer bem, gerando gentilezas, e como disse várias vezes o profeta gentileza José Datrino: “Gentileza gera gentileza”.
E não importa a quem direcionamos nossa amabilidade, porem sem distinção ainda há tempo, sim o tempo não está perdido, pois este é um dos tempos que podemos não recuperar, mas refazê-lo e que sejam com os diversos fulanos ou beltranos diferentes de nos mesmos que encontrarmos por ai, nós que iremos permitir relações humanizadas e de fato sinceras e verdadeiras com outro que a primeira vista nos pareça estranho, mas é parte do todo ao qual pertencemos, pois diante do olhar que nos vê estamos também diante do espelho humano, aquele que nos reflete, nos mostra e nos identifica também quem somos.
Então: “Quem é você? Quem sou eu”? Pergunta simples, mas resposta complexa, a qual será possível sondar e redescobrir através das vivencias, que somente podem ocorrer no contato com outro, por isso se permita! Experimente a vida com todos os movimentos que lhe são consentidos, saia da caixa e ouse voar, não tem que ser tão rígido ou tão sério, que cada um seja o primeiro a mudar o contexto que nos aprova tornarmos seres humanos melhores para nós mesmos e para os outros que nos possibilita estar em constante transformação, pois tudo tem um fundo social e é neste cunho relacional que podemos tornar agradável nosso modo de viver!
Que então comece com você! É com você mesmo! Experimente dar bom dia, boa tarde ou boa noite, que seja para aquela pessoa que você passa por ela todos os dias e apenas olhou, ou nem nunca olhou, mas tem a consciência de que ela está ali, experimente visitar alguém no hospital, no asilo, no orfanato ou onde almeja ir e que não tenha que ser necessariamente um parente ou conhecido seu, experimente uma brincadeira de criança, seja com amigos ou com aquelas crianças da sua rua que deixam você nervoso quando batem repetidamente em seu portão pedindo a bola que caiu no seu lote, se esta experiência não for possível considerando nossa realidade, arranque seu filho, sobrinho ou irmão mais novo da frente do computador, do tablete, celular, televisão, o que for, e o leve para dar uma volta no parque, andar de bicicleta, subir no telhado ou na laje e, comendo qualquer coisa, ver por do sol, porque não precisa estar na praia ou na montanha, nas férias ou no final de semana, com dinheiro ou sem dinheiro!
O importante mesmo não é ter razão para ser, mas fazer a razão para existir! Então experimente voar, não precisa, de inicio, dar voos rasantes e fazer acrobacias, comece tímido mesmo, um pulinho aqui outro ali batendo acanhadamente suas asas, sugiro que nunca deixe podá-las! E vai assim, treinando e vivendo a vida, ousando voar!
Abraço Grande,
Elaine Souza.
REFERECIAS BIBLIOGRAFICAS:
Psicologias - Uma Introdução ao Estudo de Psicologia. Furtado, Odair; Bock, Ana Mercês Bahia; Teixeira, Maria de Lourdes Trassi. Editora Saraiva 3ª tiragem — 2001.
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