Ira: Um descontrole
- Raíssa Jacintho
- 23 de abr. de 2015
- 2 min de leitura

Você, leitor, consegue compreender os mecanismos que o levaram a sentir ira? A psicologia cognitiva acredita que o que você crê sobre uma determinada situação é o que faz com que você tenha sentimentos sobre aquilo e aja consequentemente, podendo ser um processo automático, sem consciência prévia.
É preciso identificar a causa da ira, pois, a não ser que tenha fundamentos na realidade e sirva para autopreservação, ela causará danos psicológicos, principalmente em quem a sente. A pessoa irada não percebe o quão prejudicial é o sentimento da ira para si mesma.
O sentimento de ira é ruim e ele pode surgir quando há pensamentos relacionados a situações para defesa ou ataque, como: não vou conversar mais com ela porque agora que meu namoro acabou “meus amigos não podem mais ser amigos do meu ex.” ou esperar pelo atendimento do médico é perda de tempo porque “esperar não é útil”. Ou seja, estes exemplos de pensamentos são geradores da ira, da imensa raiva por seu pensamento se concretizar.
A pessoa irada trás pra si alguns sintomas como aceleração do coração, suor não devido ao calor, tremor, tensão muscular, entre outros. Justamente por achar que está em uma situação de perigo, mesmo não tendo evidencias.
A ira é uma disfuncionalidade da autopreservação, é um passo em falso no caminho da vida. Existem vários aspectos proporcionados pela ira: como a impulsividade, um intenso e descontrolado sentimento de raiva, ódio ou rancor, assim como a culpa. Com a proporção em que a ação do irado chega à pessoa pode querer vingança, o que suscita a desarticulação das relações, entre outras disfuncionalidades. O que as pessoas iradas podem fazer é de uma dimensão inimaginável. Afinal, é tão mais fácil gritar e perder o controle, não é mesmo?
Você já conheceu aquela pessoa que diminui o outro para se sentir bem? Então! A pessoa pode desde atingir o outro com palavras, terminar uma amizade, discutir com o médico – como nos exemplos acima – quanto chegar às vias de matar um outro. A fúria é irracional e atinge a vontade.
A ira afeta tanto a pessoa alvo da fúria como a pessoa que se ira! É como o machado de dois fios, ele corta dos dois lados e o maior mau que podemos fazer é contra nós mesmos, justamente porque este sentimento impede a nossa evolução pessoal fazendo com que desestruturem a harmonia e o equilíbrio que havia antes dos atos de ira.
Se não há autocontrole em relação às ações é possível um desastre. Faz-se necessário controlar o humor e as emoções diante das situações adversas do dia a dia em prol de uma boa e sadia convivência. Como manter um notável equilíbrio emocional no meio do caos dessas situações? Cenas para a próxima coluna!

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