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O Transtorno Obsessivo-Compulsivo

  • Foto do escritor: redepsicoterapias
    redepsicoterapias
  • 4 de mar. de 2014
  • 3 min de leitura

Lavar as mãos diversas vezes ao longo do dia, conferir sete vezes a fechadura da porta antes de ir dormir. Quem já não parou para prestar atenção em quantos comportamentos repetitivos acabamos nos habituando a fazer em certas situações? Ou em como fazemos certas coisas sempre de uma mesma forma e nos incomodamos muito quando não podemos fazer assim? Este é o quadro que todos nós vivenciamos (uns mais e outros menos, claro!), mas há um agravamento destes comportamentos que muda tudo e se torna o que conhecemos por Transtorno Obsessivo Compulsivo.


O Transtorno Obsessivo Compulsivo (ou TOC) inicia-se, em geral, na adolescência e no início da idade adulta. Duas características são relacionadas ao TOC: as obsessões- são imagens, ideias ou pensamentos intrusivos ou repetitivos, que são fonte de imensa ansiedade e desconforto; e as compulsões- que são comportamentos que a pessoa emite para prevenir ou eliminar as obsessões e o desconforto.


Frequentemente é a associação entre obsessões e compulsões, ou seja, o indivíduo apresenta estas duas características combinadas. As obsessões surgem sem que a pessoa queira ou consiga controlar e são acompanhadas por uma ansiedade extrema, que só se alivia quando o comportamento compulsivo é realizado. Todo esse processo é fonte de um sofrimento muito grande e a própria pessoa sabe seus rituais não têm fundamento na realidade. Entretanto, apesar de compreender o quanto são prejudiciais, ela não consegue parar de realizá-los.


Pode existir muita confusão entre o quadro clínico do Transtorno Obsessivo-Compulsivo e o que é considerado um comportamento normal que tenha características obsessivas-compulsivas. É importante, nesses casos, perceber que hábitos não devem ser confundidos com sintomas. Hábitos fazem parte do cotidiano de uma pessoa e não a tornam disfuncional, não prejudicam consistentemente sua vida pessoal, profissional, seus relacionamentos. Os sintomas sim, pois estes é que são parte de um quadro clínico.


Sim, quase todos já vivenciamos algum tipo de situação parecida com a de alguém com TOC. Algum pensamento incômodo que tentamos aplacar de certa maneira ou algum ritual que, se não realizamos, sentimo-nos desconfortáveis. Contagem de degraus, de passos em um cômodo, medo de que alguém querido morrerá se não desvirarmos o chinelo ou ao mexer em uma orelha, sentir um desconforto até mexer também na outra. A diferença entre estes comportamentos cotidianos e o de alguém com TOC é a intensidade e a frequência. Por exemplo, ser extremamente preocupado com higiene é uma coisa, mas deixar de se relacionar com outras pessoas, comparecer a lugares públicos e abandonar o trabalho por medo de ser contaminado com germes é algo que interfere de modo extremamente negativo no funcionamento do indivíduo.


Assim, há uma linha tênue entre o quadro considerado normal e o grave e é importante que o diagnóstico do Transtorno Obsessivo-Compulsivo seja feito por um profissional capacitado. No caso da confirmação da existência deste transtorno, o tratamento medicamentoso associado à psicoterapia comportamental é o que se tem mostrado mais eficaz. O papel da família é valiosíssimo no processo para auxiliar na interrupção dos rituais e dar suporte emocional ao paciente. O TOC é uma condição que pode ser controlada de forma que a pessoa possa sim ter uma vida completamente saudável e prazerosa.




*Joana Vartanian é psicóloga formada pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), atuando com Terapia Comportamental. Possui atividades de aperfeiçoamentos pela UNESP, Universidade de São Paulo (USP) e Hospital do Coração (HCor) e realiza atendimentos direcionados a orientação de pais, Treinamento de Habilidades Sociais, terapia de casal e atendimentos em grupo e individuais de adolescentes e adultos.


Contato: joana.vartanian@yahoo.com.br

 
 
 

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